domingo, 4 de setembro de 2011

Bancada do PSD já é a segunda maior da Câmara de São Paulo

O Partido Social Democrático (PSD), do prefeito Gilberto Kassab, que obteve o número mínimo de diretórios estaduais exigido por lei na quinta-feira (1º) e teve uma filiação em massa nesta sexta (2), já aparece como a segunda maior força política do Legislativo paulistano. A bancada tem agora sete representantes, mesmo número do PSDB, que perdeu seis integrantes desde o dia da posse, em janeiro de 2009.
O PSD já é considerado criado por Kassab. O registro, no entanto, ainda precisa ser concedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A corte irá analisar o caso em plenário.
O PT, que faz oposição a Kassab, continua com a maior bancada: são 11 vereadores. As mudanças na Casa não afetam a maioria governista.
"Acho que a primeira coisa que temos é uma bancada do mesmo tamanho. Será uma bancada importante - a segunda maior, junto com o PSDB - com muitos vereadores influentes e experientes", diz o líder da bancada tucana, Floriano Pesaro, sobre a nova turma do PSD.
Floriano diz que, apesar da mudança de partido, os integrantes do PSD devem continuar se sentando no plenário ao lado dos colegas tucanos. "Eles devem se acomodar perto da gente, por causa da amizade e da proximidade", afirma. Para Floriano, o PSD surge como um partido à direita dos tucanos. "Eles são de centro-direita."

A bancada do PSD absorveu até esta sexta-feira quatro ex-democratas (Domingos Dissei, Edir Sales, Marco Aurélio Cunha e Ushitaro Kamia) e dois ex-tucanos (Police Neto e Souza Santos). O PSD já conta também com a confirmação de Marta Costa, que deixará o DEM, antigo partido de Kassab, apesar de ela não ter comparecido ao encontro com Kassab e Guilherme Afif Domingos.

Líder do DEM, Milton Leite afirma que não vai deixar seu partido, mas prevê um crescimento ainda maior do PSD. "A partir do registro definitivo (do PSD), deve haver uma grande movimentação partidária. É possível que vereadores de outros partidos tenham interesse", diz.
Sucessão
Os partidos que mais perderam cadeiras desde a posse, em 2009, na Câmara de São Paulo foram o PSDB (de 13 para 7) e o DEM (de 7 para 3).

Pesaro afirma que o PSDB terá condições de recuperar os números no ano que vem. "Vamos fazer entre 10 e 13 vereadores", diz. Leite, do DEM, estima que o partido consiga cinco nomes nas próximas eleições.
Além do PSD, outro partido beneficiado foi o PV. O número de vereadores passou de três para seis, com as adesões dos ex-tucanos Gilberto Natalini, Ricardo Teixeira e Roberto Tripoli. O PSB também cresceu, com a adesão de Juscelino Gadelha, ex-PSDB.
As mudanças nas bancadas podem ocorrer até 7 de outubro - prazo para que os políticos mudem de partido. Com a força que tem, assim que formalizado, o PSD já poderá reivindicar uma representação partidária, espaço físico próprio dentro da estrutura da Câmara e três cargos: um de coordenador de liderança e três assistentes legislativos.
Integrante do novo partido, Marco Aurélio Cunha afirma que o partido deve definir nas próximas semanas a liderança de bancada. Ele afirma que o partido deve definir espaço físico próprio dentro do prédio, mas deixa claro que não deve demarcar cadeiras no plenário, onde PT e PSDB ficam de lados opostos. "Não existe isso. Eu pelo menos sempre conversei com todo mundo", afirma.

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