quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Tucano e petista batem boca e se acusam no plenário do Senado

Um discurso exaltado contra a corrupção proferido pelo senador Mário Couto (PSDB-PA) resultou em um bate-boca nesta quarta (24) entre o tucano e o senador Humberto Costa (PT-PE).
Couto acusou Costa de tentar barrar a CPI mista da Corrupção, proposta pela oposição. "Estou impressionado com a defesa que V.Exa. faz da corrupção no governo do PT", afirmou.
Ele disse também que lideres do governo estariam pressionando suas bancadas para que elas não assinem o requerimento de instalação da CPI da Corrupção. "Não assinem a CPI. A Dilma vai liberar uma fortuna para V.Exas.", ironizou Mário Couto.
O tucano acusou ainda o PT de proteger os suspeitos de irregularidades e lembrou alguns casos, como os dos ex-ministros da Casa Civil José Dirceu, Erenice Guerra e Antonio Palocci. "O Brasil inteiro percebe que o governo petista institucionalizou a corrupção no Brasil. A Casa Civil dos petistas virou a casa maldita do Brasil"
Humberto Costa reclamou da Mesa Diretora do Senado, que, segundo ele, não coíbe manifestações ofensivas. Ele solicitou à senadora Vanessa Graziotin (PC do B-AM), que presidia a sessão, que registrasse um pedido para que o presidente da Casa, José Sarney, e o corregedor Vital do Rêgo (PMDB-PB) tomassem providências para proibir ofensas dentro do plenário.
"Aqui, o nosso partido já foi chamado de partido de bandidos, de vagabundos e não há um pronunciamento da Mesa desta Casa em relação a esse tipo de prática. Ninguém aqui se levanta contra esse tipo de prática porque dizem: 'Não, trata-se de um louco, de um débil mental'", declarou.
Depois, já falando fora do microfone, Couto retrucou: "Minhas palavras doeram em V. Exa. porque V. Exa. merece ouvir. E toda vez vai ouvir. Quando desejar, vai ouvir", disse.
Perguntado pelo G1 se fazia referência a Mário Couto quando proferiu a expressão "débil mental", Humberto Costa disse que reproduziu o que, segundo ele, se fala do tucano no Senado.
“Eu estava dizendo que a situação não pode continuar como está e ninguém fazer nada. Eu repeti o que as pessoas falam para justificar, já que não fazem nada a respeito dele, não interpelam. É como se ele fosse inimputável", disse.
O senador petista afirmou que, quando reclama das agressões de Mário Couto, os demais colegas dizem: "Ele faz essas coisas mesmo, é um débil mental, ninguém dá credibilidade. Repeti o que as pessoas dizem”, afirmou o senador. “Ele não tem direito de agredir as pessoas.”

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